Na terra quente do Algarve produz-se o mais doce e saboroso figo. Nesta iguaria excecional, cortam-se os figos secos espalmados na horizontal e as amêndoas peladas em lascas. Dentro de um cincho de folha ou uma tira de empreita, armada em rodela sobre a banca enfarinhada, dispõe-se uma camada de figos, cobre-se com aparas de amêndoa e borrifa-se com aguardente de medronho. Continua-se assim até encher o molde, acabando numa camada de figos. Tradicionalmente faziam-se com a forma de pequenos queijos. Os figos secos têm uma longa conservação e cedo se tornaram um alimento privilegiado durante o Inverno, quando as colheitas são mais pobres.

Acredita-se que tenha origem popular e justifica-se pela produção tradicional de figos nesta região, assim como da amêndoa. É um doce usual nas regiões serranas algarvias. Tradicionalmente comia-se no dia 1 de maio, feriado em que se ia merendar ao campo.